MORTO E O VIVO
Derivado dos autos natalinos de outrora, o Pastoril Profano já fez muito sucesso na cena cultural popular pernambucana. Goiana já teve muitos pastoris dentre eles podemos citar: o do Velho Faceta, o do Velho Cebola, o do Velho Fuxico, o do Velho Charuto, o do Velho Passinho, etc. Em Goiana, o último Pastoril Profrano em atividade, era o do Velho Consolo. Ele, também conhecido como o “morto-que-carrega-o-vivo” (por causa da fantasia que usa no carnaval), que foi um dos personagens mais conhecidos do carnaval goianense. A fantasia é um boneco confeccionado em duas partes, a parte superior do boneco veste a mesma cor da calça do brincante cuja camisa é igual à calça do boneco. A composição do figurino dá a impressão de que há uma pessoa morta carregando uma pessoa viva. O senhor que veste o personagem e dono desse pastoril profano morou na comunidade de São Lourenço e costumava se apresentar às vésperas de natal na Rua Direita, em cima do tablado armado sobre tambores de óleo, como nos velhos tempos. O pastoril segue o mesmo modelo dos pastoris profanos de antigamente, com os cordões azuis e encarnados, com a Mestra, Contramestra e Diana.
A Borboleta voava entre as flores-pastorinhas e o meu coração, o meu corpo e o meu pensamento, por entre os sustos, os pandeiros e fitas e cânticos, por entre as belas pastoras do Azul e do Encarnado, por entre a espada do Anjo e o fogo do Diabo, entre os dois cordões, entre as pessoas que só queriam, no fim da jornada, encontrar a Felicidade.