ENGENHO URUAÉ
Visitar os Engenhos de Goiana é estar em contato com uma parte importante da história do Brasil. E um dos exemplos, está localizado a apenas alguns quilômetros do centro da cidade de Goiana. Ir ao Engenho Uruaé é como adentrar nos livros que contém histórias do período colonial do Brasil e da produção de cana-de-açucar: os funcionários te recebem com roupas de época a tulhas, maquinários e terreiros bem preservados fazem parte da experiência do visitante. No Engenho Uruaé - importante conjunto arquitetônico do século XVII - você pode ter acesso a um verdadeiro museu com móveis e objetos da época do descobrimento, formado por casa-grande, senzala e capela. Os quartos da Casa Grande são equipados com ar-condicionado, frigobar e TV, unindo a modernidade à decoração clássica imperial, com móveis do século passado. No total são 17 leitos e uma grande tranqüilidade no clima frio. Seus canaviais receberam visitas ilustres como João Alfredo Correia de Oliveira, ministro e conselheiro do Segundo Império; e Belarmino Correia de Oliveira, médico que, posteriormente, fundou a cidade de Goiana. Hoje é administrada pela sétima geração da família que a construiu e explora o turismo rural como atividade alternativa à produção agropecuária.
Clássica, a cana se renega ante a moenda (morte) da usina: nela, antes esbelta, linear, chega despenteada e sem rima. (Jogada às moendas dos banguês onde em feixes de estrofes ia, não protestava contra a morte nem contra o que a morte seria). Na usina, ela cai de guindastes, anárquica, sem simetria: e até que as navalhas de moenda, quebrando-a, afinal, a paginam, a cana é trovoada, troveja perde a elegância, a antiga linha, estronda com o sotaque gago de metralhadora, desvaria Não fossem as saias do ferro da antemoenda que a canalizam, quebrar-lhe os ossos baralhados faria explodir toda a usina: não é mais a cana multidão que ao tombar é povo e não fila ao matadouro final chega em pelotão que se fuzila. (Moenda da Usina - A. Lais e Marcelo Cabral da Costa)