Heroinas de Tejucupapo 1
Heroinas de Tejucupapo
Heroinas de Tejucupapo 3
Heroinas de Tejucupapo 2
Fotografo Glauber Antonio.b
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Fotografo Glauber Antonio.l

AS HEROÍNAS DE TEJUCUPAPO

Tejucupapo é um pequeno vilarejo situado no litoral norte do estado de Pernambuco, a cerca de 60 km da cidade de Recife. Em 1646, os holandeses já haviam perdido quase todo domínio sobre o território pernambucano, e como se encontravam cercados e necessitando desesperadamente de alimentos, cerca de 600 deles, vindos da ilha de Itamaracá, tentaram ocupar Tejucupapo.

Eles escolheram o domingo para realizar a investida, acreditando que a localidade estaria menos protegida, já que era nesse dia que os homens do vilarejo costumavam ir ao Recife, a cavalo, para vender nas feiras da capital os produtos da pesca. Mas foram frustrados em sua intenção porque a informação de que se aproximavam iniciou a reação da pequena e valente população local. Enquanto alguns poucos homens foram receber os invasores, a balas, as mulheres, escondidas em trincheiras, os atacaram com tachos e panelas de barro cheios de água quente e pimenta. Ao final, mais de 300 cadáveres ficaram espalhados pelo vilarejo.

Até hoje o dia 24 de abril de 1646 é lembrado como o dia que em as mulheres travaram a batalha que expulsou os holandeses de suas terras. O combate ficou registrado como o primeiro em que mulheres foram à luta no Brasil. A batalha durou horas, mas as guerreiras do Tejucupapo saíram vitoriosas naquele dia.


Para saber esse acontecimento direitinho, elas vão a Tejucupapo e lá descobrem muito mais do que os feitos das heroínas do passado. Conhecem outras heroínas, mulheres atuais que vivem entre o duro trabalho cotidiano de pesca de caranguejos e ostras. Mas Tejucupapo é um lugar mágico. Pois ali vivem, no braço de rio, nos mangues que cercam o povoado, seres encantados como a Mãe d’Agua, a Gigante Jiboia Branca, a Mãe Vermelha, a Aranha Misteriosa, que detêm segredos, possuem poderes sobrenaturais, transformam a maré em um espelho vermelho, vivem ao sabor das luas e das águas. E assim, meninas guerreiras contaram heroínas.

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