Carnaval de 1999... Um jovem de dezessete anos é presenteado com uma burrinha. O adolescente decide desfilar usando-a no Bloco dos Professores logo depois de ser filiado a uma Igreja Evangélica e ter escutado as advertências do pastor em relação ao pecado carnal de festas como essa. O tempo passa e cada vez mais pessoas pedem para ele participar de eventos vestindo a mesma fantasia. Surge então o “Serginho da Burra”.

A cultura se fez presente em sua vida muito cedo. Quando criança, era vizinho de Luiz Gomes e mantinha contato recorrentemente com figuras que traziam a cultura impregnada em seu próprio sangue como Olavo, Seu Dudu, Luis do Buraco da Gia e Zé do Carmo.

O gosto por ouvir música regional (coco de roda, macaratu, pastoril, babau, cavalo-marinho), só fez acrescentar o que na infância esteve a todo o momento em seu cotidiano. Seus hábitos trazem quase que em sua totalidade alguma bagagem de histórias da sua vida. O cachimbo é um deles. Serginho gosta muito de fumar enquanto senta-se na cadeira de balanço que foi de sua bisavó.

Já participou de vários eventos relacionados à cultura popular, eventos como: Festa da Lavadeira, Festival de Inverno de Garanhuns, Encontro de bois em Olinda, Festival Canavial, Alafiá e já teve a oportunidade de participar como apresentador em projetos como: Turnê com o Mestre Salustiano, percorrendo as cidades de Curitiba, Brasília e Rio de Janeiro, Imaginário Pernambuco, Teia 2008, Riopernambuco.com.

O doido de Rosinha, o menino da Igreja, o assistente do Historiador, o guia turístico, Zé Faísca, Marizete, showman e pai de Luís. Todos eles num só ser, sendo responsável por cada coisa que criou para si mesmo e para chegar onde quer. Acima do fio invisível na cabeça de todos estes seres, há um mestre brincando com as suas Marionetes. Em sua mente, repete como um mantra as frases do poeta: Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui.